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11.11.15

Ceviche de espadarte com leche de tigre



Toda a comida tem uma história.
Este ceviche foi criado e testado para um livro intitulado Sabores de Canela. 
Não sonhava publicar, nem procurei ajuda nesse sentido. O convite inesperado da editora chegou. O entusiasmo também, depois de desfeitas as reservas iniciais, sobretudo pela autonomia conquistada. Quem não gosta de criar à sua imagem, escutando críticas e sugestões de amigos? 
Trabalhei três meses com prazer no projecto, superando as dificuldades locais de obter ingredientes frescos e de qualidade. 
Mas há situações com as quais não pactuo. A falta de ética é uma delas.Então não aconteceu.
A parte positiva? Um período muito produtivo e criativo que me levou a um livro desconstruido em ficheiros digitais. E hoje me leva a partilhar um deles, que já é do agrado de amigos, convosco, leitores do Sabores de Canela.
Eis a história de um ceviche, inspirado no chef peruano Gaston Acurio e nas experiências gastronómicas chilenas da autora.

Para 12 verrines
600 g de espadarte fresco em cubos
1/2 cebola roxa em lamelas finas
240 g de milho cozido
360 g de abacate em pedaços pequenos
200 g de tomate chucha picado

Decoração
12 esferas de mamão
12 folhas de Coentros 

Leche de tigre
2 dentes de alho 
1/2 c de café de sal
pimenta moída
1/2 malagueta
folhas de coentros de uma haste
50 g de espadarte
4 cubos de gelo
sumo de 6 limas [limão Taiti]

Triture todos os ingredientes para o leche de tigre, misture o sumo lima e reserve no frio.
Corte o abacate e o tomate em peaços pequenos e a cebola em lamelas finas.
Distribua o leche de tigre pelos 12 recipientes. 
Misture os ingredientes restantes numa tigela e distribua pelas verrines.
Decore cada porção com uma bola de mamão e uma folha de coentro.
Coloque os recipientes no frigorífico tapados com película aderente.
Na hora de servir coloque as verrines num tabuleiro com gelo picado, sobre a mesa.

23.9.15

Vatapá

"Se a Vóvó Neném era conhecida por suas habilidades ao fogão, o marido Anthero Pereira da Silva Moraes, o Vovô Moraes, não ficava atrás nos dotes culinários. A prova é este vatapá típico da cozinha baiana, com camarão, robalo e pimenta dedo-de-moça."

O vatapá é um parente rico da açorda, aromatizado com leite de côco e gengibre entre outros ingredientes. É comum servi-lo como acompanhamento, mas conjugado com arroz branco pode constituir uma refeição.
Para quem desconhece, uma das esposas do poeta carioca foi Gessy Gesse, uma artista baiana,  e na década de 70 o casal viveu na praia aqui ao lado, Itapuã.
Hoje a casa, parte do Hotel Mar Brasil foi transformada numa suite especial e num restaurante bem aprazível a Casa di Vina [imagens do instagram]

Ingredientes para 6
1 pão amanhecido torrado
200 ml de leite de coco [usei fresco]
3 c. sopa rasas de farinha de arroz
500 g de robalo ou garoupa, namorado ou badejo
250 g de camarão fresco limpo
Suco de 1/2 limão. 
4 tomates bem maduros
250 g de camarão seco limpo [removi extremidades e cabeças]
1 xícara de castanha de cajú torrada e moída
1 xícara de amendoim torrado e moído
2 c. sopa de azeite
1 cebola grande
1 pimenta dedo de moça pequena, sem sementes [malagueta]
1 pedaço de gengibre ralado [2 cm]
2 a 4 c. de sopa de azeite de dendê
6 ramos de coentro fresco picado

Preparo
Num robot coloque o pão, o leite de coco, a farinha, o tomate e o camarão seco, as castanhas de caju e o amendoim. Triture até obter uma mistura homogénea.
Entretanto tempere o peixe e os camarões frescos com o limão e reserve.
Refogue a cebola no azeite e adicione a mistura triturada e o peixe em pedaços. Cozinhe com a panela destapada até engrossar.
Tempere com a pimenta, o gengibre e adicione os camarões frescos, o azeite dendê e mexa até o peixe e os camarões cozerem e a mistura ficar mais espessa.
Retire do lume e junte o coentro. Sirva com arroz branco.

Notas- na receita original o peixe e o camarão eram fritos.
Funciona trocar o camarão seco por 50 ml de fumet caseiro [testado e aprovado]
Se utilizar camarão seco não acrescente sal na receita.

"A vida é a arte do encontro" Gessy e Vinicius

Pormenor do tecto da sala de jantar 

Suite Vinicius e esculturas originais no banheiro

Cocktail "Entardecer em Itapuã"

21.6.15

Lagosta grelhada


Almoço de domingo inspirado em duas receitas da Saveur. Preparado em 20 minutos e fotografado num. Servido com pão caseiro, vinho branco e degustado à beira-mar em boa companhia. 

Ingredientes para 3
3 lagostas cortadas ao meio e limpas com cerca de 2 kg
sal
pimenta 
azeite

Manteiga de alho e ervas
120 g de manteiga
6 dentes de alho
raspa da casca de 1 1/2 lima
1 c. café de malagueta moída
2 colheres de sopa de coentros picados

Preparação
Na peixaria peça para limpar e dividir cada lagosta ao meio [evitando assim trazê-las vivas]
Em casa ligue o forno no modo grill. Entretanto forre um tabuleiro com papel vegetal e acondicione as metades das lagostas com as casca para baixo. Tempere-as com sal, pimenta e azeite e reserve.
Num robot de cozinha triture todos os ingredientes da manteiga e reserve.
Para grelhar vire as lagostas do tabuleiro com a casca para cima e leve ao forno colocando a meio. Após 5 minutos retire-as e vire-as [casca para baixo]. Pincele com a manteiga reservada por toda a superfície e leve novamente ao forno por 3 a 5 minutos, verificando se estão tenras. Sirva de imediato.

24.2.15

Xinxim de galinha


"Xinxim de galinha é comida de Oxum, diz Rogério Bastide. A ave veste-se de amarelo dendê, cor preferida da santa vaidosa e cheia de dengo. 
A receita é de D. Maria, e não é a clássica: normalmente não se coloca leite de coco, mas a mestra ensina que com uma xícara dele bem grosso a galinha fica ainda mais saborosa. 
Come-se xinxim de galinha em Os pastores da noite, Dona Flor e seus dois maridos, Tenda dos milagres, Tereza Batista cansada de guerra e o Sumiço da Santa". Do livro A comida Baiana de Jorge Amado.

Testei-a duas vezes para fixar as alterações introduzidas que hoje publico. Em 2011 fotografei para uma publicação um caril de amendoim, igualmente delicioso que acredito ser a origem do xinxim.
Terminando o post e olhando para a foto, apercebo-me que não seria o mesmo sem os amigos Lena Yamada [a cerâmica saíu das suas mãos], Simone e Hugo [livro da Paloma Amado], Sónia [toalha nordestina] e Lia [talheres]. E falando em amigos, esta receita serve oito.

Ingredientes para a marinada
1 kg de galinha ou frango partido e lavado
2 tomates maduros
1/2 xícara de folhas de coentro
1/4 xícara de folhas de hortelã
1 pimentão/pimento vermelho sem sementes
2 cebolas descascada 
3 dentes de alho descascados
1 c. sopa de sumo de limão
1 c. café de sal

Num robot de cozinha ou liquidificador coloque cebola, alho, tomate, hortelã, coentro, pimento, limão e sal. Triture tudo até ficar homogêneo.Transfira para uma tigela e junte o frango, seco préviamente com papel de cozinha.Cubra e leve à geladeira 2 horas.

Ingredientes para o xinxim
3/4 xícara de amendoim torrado
3/4 xícara de castanha de cajú
1 xícara de água [para bater o amendoim e cajú]
1 c. de chá de gengibre ralado
2 folhas de louro
1 c. chá de cominho em pó
2 c. sopa de azeite de dendê
2 a 2 1/2 xícaras de água [para ir acrescentando]
1 xícara de chá de leite de côco grosso
sal


Retire o frango da geladeira 15 minutos antes.
Leve uma panela média com uma colher se sopa de azeite de dendê a lume médio. Quando aquecer doure os pedaços de frango com o tempero por 2 minutos. Adicione o cominho, o gengibre e o louro. Regue o frango com uma xícara de água e cozinhe em lume alto. Ao fim de dez minutos coloque outra xícara de água e deixe cozinhar por 30 minutos. Vigie a cozedura e use a última meia xícara para obter um molho ralo [ irá engrossar no final].

Entretanto triture o amendoim e castanha de cajú com 1 xícara de água e reserve.
Quando faltarem 5 minutos baixe o lume e acrescente a pasta de amendoim, depois o leite de coco e a colher de azeite de dendê. Rectifique os temperos e sirva com arroz branco e farofa* de dendê.

*Para preparar a farofa: aqueça azeite de dendê numa frigideira e junte farinha de mandioca até absorver todo o azeite. Deixe torrar 3 minutos, mexendo sempre.

Notas- na receita original o molho fica demasiado espesso para misturar com os acompanhamentos, por isso ajustei a quantidade de água. A pasta de amendoim é feita com camarão seco na original, que omiti por não apreciar. Reduzi muito o sal.

26.7.14

Hamburguer de frango com caril e cia


Num destes dias em conversa com a Gisela no facebook e ao perceber que também eu moía a carne vermelha em casa, sugeriu-me que experimentasse a branca. Assim que comprei frango caipira [do campo] no mercado preparei esta receita. Funcionou pois os temperos misturados com a carne moída enriquecem o sabor e facilita a confecção de modo a evitar a secura. Os acompanhamentos são ao nosso gosto: puré de abóbora assada, couve-flor assada, molho de tamarindo e salada.
Para as crianças omitam o caril sff.

Hamburguer de frango com caril
2 peitos de frango em cubos
3 dentes de alho descascados
coentros frescos lavados
sal
pimenta 
1 c. de sobremesa de caril [usei este]

Puré de abóbora assada
pedaços de abóbora 
leite ou água
sal 
azeite
noz moscada

Couve-flor assada
1 couve-flor decomposta em floretes
cominhos
sal
pimenta

Salada de pimentos e tomate
1 pimento assado em tiras
5 tomates maduros em pedaços
1/2 cebola em rodelas finas
1 alho esmagado
azeite
flor de sal

Hamburguer
Corte a carne em cubos e moa na máquina com os alhos e os coentros. Tempere a carne com sal, pimenta moída e caril. Amasse tudo com as mãos e molde bolas. Espalme-as pressionando até obter o formato de hamburguer. Deixe repousar no frigorífico 2 horas ou congele para consumir mais tarde.
Confeccione os hamburgueres num grelhador.

Acompanhamentos
Pré-aqueça o forno a 200ºC.
Forre o tabuleiro do forno com prata ou papel e espalhe os pedaços de abóbora, os floretes da couve-flor e o pimento inteiro com casca. Regue tudo com azeite e polvilhe com sal, excepto o pimento. Espalhe cominhos e pimenta por cima dos floretes. 
O pimento assará primeiro, retire-o e remova a pele.
Entretanto junte os ingredientes da salada sem temperar e reserve no frio.
Quando a abóbora estiver macia, triture-a num robot e tempere, acrescentando água ou leite para obter a consistência desejada. Se tiver uma quantidade insuficiente de abóbora, misture com batata ou cenoura cozida ou assada.
Retire os floretes quando estiverem dourados e crocantes, enquanto grelha a carne. Sirva de imediato.
Usei flor de sal da Cimsal produto brasileiro de óptima qualidade, que conheci na mesa ao vivo Bahia. O novo sabor defumado deixou-me muito curiosa.

17.5.14

Camarão com abacate e coentros

Inspiradas numa receita da Saveurs deste mês, as verrines de abacate, coentro e lima, além de graciosas são a entrada perfeita para apreciadores do trio. Uma espécie de guacamole com pedaços de camarão [na original patas de caranguejo], que agradou a todos. Foram servidas bem frescas num dia quente.

Ingredientes para 4
200 g de camarão médio descascado e cozido [reserve 4 inteiros para a decoração]
2 abacates Hass 
folhas de 10 hastes de coentros
10 ml de azeite
50 ml de creme de ricota[ na original natas]
sumo de um limão 
sal e pimenta moída fresca

Coloque todos os ingredientes excepto os camarões num copo de robot de cozinha e triture.
Transfira para uma taça e adicione os camarões cortados em pedaços, não esquecendo de reservar 4 inteiros. Tempere com sal e pimenta, misturando bem. Verta para os copos onde serão servidos, decore cada um com o camarão e polvilhe com um pouco de coentro picado. Coloque no frigorifico/geladeira até servir.

20.3.14

Chili con carne

Todos temos a nossa receita de Chili.  É refeição para alimentar a família ou uma roda de amigos. E com o acompanhamento certo, serve mais uns quantos. Esta receita do Ancestral Table destronou a minha antiga. Não o apelidei "o melhor Chili" , pois teria de provar todos os Chili do Universo, mas é bom, muito bom! É verdade que não resisto a uma boa mistura de especiarias e aqui encontrei-a. Apenas isso.Vai ser bom saboreá-lo num Inverno.

Ingredientes para 6 a 8
1 c. de sopa de manteiga
1 cebola média picada
6 dentes de alho picados
1 1/2 c. de sopa de coentros em pó
1 c. sopa de cominhos moídos
1 c. de chá de sal
1 c. de chá de pimenta preta
1 c. de chá de paprika
1 c. de chá de oregãos
1 c. de chá de pimenta-caiena
1 c. de chá de piri piri em flocos
2 folhas de louro
900 g  de carne de vaca moída [ou de caça, veado]
400 g de tomate em cubos [usei chucha orgânico] 
400 g [1 lata] de tomate em puré 
220 g chouriço ou linguiça cortada ao meio longitudinalmente e depois em meias luas
2 c.sopa de maionaise [usei caseira]
2 c. sopa de cacau em pó
Queijo cheddar ralado e sour cream [não usei]

1.Aqueça a manteiga num tacho em lume médio, junte a cebola e salteie 5 minutos, depois o alho, especiarias, louro e salteie mais um minuto. Adicione a carne moída e ferva até ficar castanha, mexendo e desfazendo os pedaços que se juntam, durante 6 minutos.Junte o tomate, baixe o lume para o minimo, tape o tacho e deixe ferver uma hora.

2.Antes da hora terminar prepare o chouriço: numa frigideira salteie os pedaços por 3 minutos de cada lado.

3.Junte o chouriço ao Chili. Destape e deixe ferver uma hora em lume baixo. Junte a maionese, o cacau e ferva 10 minutos para os sabores se fundirem. Rectifique os temperos com sal, pimentas e prove. Se desejar polvilhe com o queijo e sour cream.


6.3.14

Caril de mexilhões


Dançamos o "lepo lepo", cantamos com a Ivete, pulamos com o Chiclete e vimos "cenas nunca antes vistas" no louco Carnaval de rua Baiano e um pouco perigoso como tudo que envolve multidões. Depois despedimo-nos da amiga Carmen no aeroporto e aos poucos voltámos à normalidade. Reatei a tranquilidade das minhas leituras para entender os costumes do povo baiano, seja através da história da Bahia dos ultimos 5 séculos, da origem dos pratos baianos ou das ruas e mistérios da cidade
O prato de hoje leva-nos a Oriente e sugere descobrimentos, transformação, miscigenação [nem sempre da forma romântica que gostamos de imaginar], choque de religiões e transformação de hábitos, incluindo alimentares. E também à euforia de novos paladares e sensações que vieram temperar a vida dos portugueses. As especiarias, os novos frutos e o modo de confeccionar os alimentos por culturas desconhecidas até então, elevaram a arte de cozinhar a um novo nível. Os portugueses são apaixonados por um bom caril [curry], só a palavra estimula o palato e o peixe ou carne importam menos que a base vegetal e as especiarias combinadas. A minha preferência vai sempre para este de camarão, embora faça outros como o de amêijoas. A saudade que sinto desse prato, levaram-me a testá-lo com mexilhões congelados à falta de melhor pescado. Ao prová-lo viajei para oriente, não até ao oriente longínquo de Vasco da Gama, fiquei ali pela minha cozinha em Lisboa, onde tantas vezes o preparei.  

Ingredientes para 2
3 c. de sopa de azeite
400 g de mexilhões congelados limpos
1 cebola picada
2 dentes de alho picados
1 folha de louro
10 g de caril
1 pitada de canela
1/4 c. chá de gengibre em pó
3 tomates chucha/italianos maduros
100 g de leite de coco
piripiri [opcional]
1 cálice de vinho branco ou vermute
sal
pimenta
coentros picados

Tradicional
Aqueça o azeite num wok e salteie a cebola picada e os alhos. Junte a folha de louro e o tomate em pedaços e salteie por 5 minutos. Adicione o caril, a canela, o gengibre e os mexilhões. Junte o vinho e deixe ferver por 5 minutos. Rectifique os temperos e adicione o leite de coco, fervendo por mais 5 minutos. Sirva com coentros picados e acompanhe com arroz branco sem temperos.


Thermomix
No copo coloque o azeite, a cebola e os alhos. Triture 3 segundos na velocidade 5 e seleccione 3 minutos, varoma, velocidade 1. Junte o tomate, triture na velocidade 5, durante 7 segundos e marque 5 minutos, temperatura 100º, velocidade 1.Adicione o louro, o caril, a canela, o gengibre e os mexilhões.Junte o vinho e seleccione 5 minutos, temperatura 100, velocidade colher inversa. Rectifique os temperos e adicione o leite de coco, marcando mais 5 minutos, na mesma velocidade e temperatura. Sirva com coentros picados e acompanhe com arroz branco sem temperos.

23.2.14

Pesto de coentros e nozes

E depois da casa organizada e a burocracia urgente tratada, com a mente liberta, eis que surge a inquietação dos frascos vazios. No inicio são lembranças pontuais, porém intensificam-se até se instalarem e se apoderarem de nós. Quem gosta de escolher ingredientes para estes preparados homemade e está habituado a tê-los ali à mão, entende.
Antes da mudança acabei com todas as poções caseiras e a única que fiz logo que cheguei foi a granola, essencial no pequeno almoço. Ontem voltei da praia, fiz gaspacho para um almoço leve e comecei a encher frascos esterilizados.
Este pesto com ingredientes comuns, guardo-o para envolver peitos ou tiras de frango que assam no forno em pouco tempo. A receita de Linda Brown diferente da original, mas igualmente intensa e aromática pode ser usada em massas ou numa simples torrada.



Ingredientes para 175g
30 g de folhas de coentros
1 dente de alho grande
30 g de nozes
pimenta moída
sal [usei flor de sal]
30 g de parmesão ralado
5 c. de sopa de azeite

Bata todos os ingredientes, excepto o azeite num triturador/processador. Acrescente 4 colheres de sopa de azeite e volte a triturar até obter a consistência de pesto. Transfira para um frasco esterilizado, sele com a colher de azeite restante e tape. Guarde no frigorífico /geladeira por duas semanas. Se não o utilizar todo de uma vez, volte a selar com uma colher de azeite antes de fechar o frasco.
Um par de horas na cozinha foi o suficiente para obter  outros preparados: compota de cebola roxa [receita aqui], doce de pimentos e malaguetas/ pimentões e pimentas, pickles de beterraba, conserva de limões e granola [receita aqui]

8.1.14

Ceviche de atum

Após 2 [longos] anos sem conseguirmos reunir a família, as 2 últimas semanas foram vividas plenamente.
O Tiago e a Rita chegaram e fizemos um tour pela cidade seguido de uma pequena pausa natalícia em casa. Cozinhei com contenção, pela viagem que se avizinhava e pelos 30ºC que se faziam sentir. Mas não faltou o bacalhau assado com batata a murro e legumes na noite de Natal e um churrasco de picanha, serenado a banhos de piscina no dia 25. Na mesa o arroz doce, o crema catalana, as rabanadas com calda e a torta de Azeitão também marcaram presença.
Partimos para Paraty, Angra dos Reis e Rio de Janeiro, onde no dia 30 festejamos o meu aniversário no Marius degustare , que foi eleito o melhor jantar do ano ;)
Celebramos a virada na praia de Copacabana como no ano anterior, assistindo ao último por do sol no Arpoador e ao fogo de artíficio e cumprindo o ritual de Iemanjá com as flores, a roupa branca e o mergulho no mar.
Tempos felizes e descontraídos que todos merecemos e nos encheram a alma para começar melhor 2014.

E como é habitual de forma saudável, desta vez com o ceviche bem fresco do livro da Patrícia e do Luís, o Erva uma vez. Já conhecem? O Tiago trouxe-o na mala e foi uma deliciosa descoberta, além das receitas agrupadas por ervas aromáticas, ainda traz ensinamentos sobre o cultivo, a manutenção, a colheita e a secagem. O tema, os ingredientes, o aspecto gráfico, a organização do livro e a praticidade das receitas, cativaram-me logo e sei que vou usá-lo bastante.

Ingredientes para 1
200 g de atum cortado às tiras
1 c. de sopa de coentros picados
1 malagueta/pimenta picada
sumo e raspa de uma lima/limão Tahiti
100 g de tomate cortado em cubos pequenos
flor de sal e pimenta preta moída

Preparação
Misturar todos os ingredientes e servir de imediato. Que rápido!
Plano B: Experimente acrescentar fruta como morangos ou ananás dos Açores.
nota- juntei rodelas finas de cebola roxa
Natal 2013



Catedral da Sé, Hotel Unique e loja em Embu das Artes









Paraty





Ilha em Paraty e Angra dos Reis

O último por do sol, confeitaria Colombo e Marius degustare
Miradouro de D. Marta [foto do André] e Praínha

Desejo-vos um ano com tudo a que têm direito, saúde, amor, amigos e dinheiro, que não resolvendo todos os problemas, nos ajuda a viver muito melhor :)

29.10.13

Jerimum com camarão


... ou abóbora* com camarão. 
Já voltei de João Pessoa e trouxe do restaurante Nau esta inspiração para o Halloween. Depois de pesquisar na internet, verifiquei que os ingredientes variavam entre requeijão, sumo de fruta, natas e leite de coco. Desenvolvi uma receita, mantendo o leite de coco para uma nota de brasilidade e imaginei a base da massada portuguesa neste prato, ou melhor na abóbora, combinação que teve um resultado excelente.
Comprei uma abóbora japonesa média para caber no tabuleiro do banho-maria e assei em simultâneo a polpa embrulhada em alumínio, em cima da grade.

Ingredientes para 4
3 c. de sopa de azeite
1 abóbora média
1 cebola picada
2 alhos picados
1/2 pimento verde/pimentão
1 tomate
200 ml de leite de coco grosso
1 molho de coentros
polpa de abóbora [aproveitei 600 g]
500 g de camarão grande congelado com casca
piri-piri/pimenta

Tradicional
Prepare o fumet: leve um tacho ao lume com 300 g de água e coloque lá dentro a casca dos camarões e as cabeças, deixe ferver uns 5 minutos e coe. Reserve o caldo.
Entretanto prepare a abóbora: corte uma tampa e retire o recheio, sem deixar a espessura muito fina. A polpa também pode ser extraída depois de cozer a abóbora no forno. Coloque a abóbora no forno num tabuleiro com água, durante 40 minutos, temperatura 180ºC. Envolva a polpa de abóbora em folha alumínio fechado e leve ao forno  em simultâneo.
Prepare agora o creme: faça um refogado com o azeite, a cebola, o alho, o pimento, quando a cebola amolecer junte o tomate e cozinhe até este se desfazer.
Junte a polpa de abóbora que cozinhou no forno e a água do fumet e deixe ferver 3 minutos. Tempere com sal e pimenta e adicione o leite de coco e os coentros picados e transfira o creme para dentro da abóbora, junte os camarões crus e leve ao forno por 10 minutos. Sirva na abóbora acompanhada com arroz branco e farofa de mandioca.

Thermomix
Prepare o fumet: no copo coloque as cascas e as cabeças de camarão e programe 5 minutos, 100ºC, velocidade 4. Coe o líquido com a ajuda do cesto e reserve.
Entretanto prepare a abóbora: corte uma tampa e retire o recheio, sem deixar a espessura muito fina. A polpa também pode ser extraída depois de cozer a abóbora no forno. Coloque a abóbora no forno num tabuleiro com água, durante 40 minutos, temperatura 180ºC. 
Envolva a polpa de abóbora em folha alumínio fechado e leve ao forno  em simultâneo.
Prepare agora o creme: deite a cebola, o alho , o pimento e o azeite, triture na velocidade 5 e seleccione 3 minutos, varoma, velocidade 1. Adicione o tomate e programe, 5 minutos, 100ºC, velocidade 1.
Junte a polpa de abóbora que cozinhou no forno e a água do fumet e marque 5 minutos, velocidade 1, temperatura 100ºC. Triture na velocidade 7, durante 20 segundos, tempere com sal e pimenta e adicione o leite de coco , os coentros picados e transfira o creme para dentro da abóbora, junte os camarões crus e leve ao forno por 10 minutos. Sirva na abóbora acompanhada com arroz branco e farofa de mandioca.
*Jerimum é a palavra tupi usada no Nordeste para designar a abóbora. 

17.7.13

Guacamole


Há anos que não experimentava uma nova fórmula de guacamole. Descobri 13 no Eat your books, que fui seleccionando pelos ingredientes e adivinhando sabores até chegar a esta. Ainda não tinha posto em prática uma única receita do livro 30 minutos, causa-me algum stress a organização por refeições completas, a minha forma de cozinhar. Raramente entro na cozinha para um acto isolado, normalmente faço o prato principal, mas também a entrada ou salada, sumo e sobremesa, às vezes até um bolo para o dia seguinte. Estudo cada receita e prossigo o meu planeamento mental encadeando as tarefas em sequência lógica, eliminando tempos de espera, aproveitando equipamento e utensílios. Mais difícil é seguir o planeamento de outra pessoa mesmo sendo o Jamie, até porque às vezes discordamos, além de que evito cenários de guerra [resultado do contra relógio dos 30 minutos], pois só existo eu para instaurar a paz.
Gorgeous guacamole, foi o nome que lhe deu e nisso não poderia estar mais de acordo.

Ingredientes
4 cebolos [spring onions]
1 ramo de coentros pequeno
1 red chilli fresco [retirei quase todas as sementes, para obter um guacamole spicy qb]
1 dente de alho
2 limas
2 a 3 abacates [usei 1 gigante, que se encontra aqui no Brasil]
1 mão cheia de tomates cherry [usei um tomate italiano picado]

Preparação
Coloque num robot os cebolos cortados, os coentros, a malagueta, o alho, o sumo de uma das limas e um fio de azeite. Na thermomix triture na velocidade 5. Descasque os abacates e junte a polpa à mistura do copo e triture de novo. Coloque o tomate e dê toques de turbo, para ficar em pedaços pequenos. Rectifique os temperos com sal e limão. Sirva com chips de tortilha e pedaços de lima.

9.7.13

Couscous picante com linguiça e alecrim

Reduzi a receita do Simple Dinners a metade para servir dois num almoço.Troquei o chouriço por linguiça, as folhas de espinafre por rúcula e suprimi o aioli. Os grãos envoltos na gordura da linguiça são uma tentação e os verdes equilibram e suavizam a culpa. Vocês sabem como é ;)

Ingredientes para 2
1 c. sopa de azeite
1 cebola roxa cortada em fatias finas
1 chávena de couscous
340 ml vegetal homemade [pedia de galinha]
1 1/2 linguiça* cortada em rodelas [usei picante]
1/4 c. chá de piri-piri
1 c. chá de folhas de alecrim
75 g de folhas de rúcula [ pedia espinafre baby ]
1/4 chávena de salsa picada
limão em quartos [pedia também aioli]

Preparação
Aqueça o azeite numa frigideira em lume médio e junte, a cebola, a linguiça, o alecrim e o piri-piri até a cebola alourar [ 7 a 9 minutos].
Enquanto isso leve o caldo ao lume e hidrate o couscous. Adicione o couscous ao refogado e misture com a salsa e as folhas de rúcula. Sirva com o limão em quartos e a maionese de alho [aioli].

*A linguiça a que me refiro é a verdadeira portuguesa, seca e defumada e feita com carne de porco. No Brasil por razões que desconheço chamam linguiça portuguesa a um produto fresco que em Portugal são salsichas, parecidas com as frescas.

6.7.13

Salada de couscous com passas e amendoins

Acrescento folhas disponíveis e vou variando os frutos secos da receita do Epicurious. Para intensificar o contraste doce/salgado, mantenho sempre o toque subtil da canela e as passas macias hidratadas. Já experimentei um tempero balsâmico, mas prefiro a simplicidade deste. Um prato versátil que constituiu um jantar para dois e poderá ser apenas um acompanhamento. 

Ingredientes para 2
3/4 chávena de caldo vegetal
1/2 chávena de couscous
1/4 chávena de passas [hidratadas em água quente 15 minutos]
1 alho francês finamente fatiado [parte branca]
1 colher de sopa de coentros picados
1 1/2 c. sopa de sumo de limão
1 pitada de canela
4 c. sopa de azeite
1/4 chávena de amendoins torrados
folhas de alface
folhas de rúcula


Preparação
Coloque o caldo vegetal ao lume [ fervi água com a parte verde do alho francês, uma haste de aipo e um alho]. Quando ferver coloque numa taça e hidrate o couscous. Junte uma colher de azeite e mexa com um garfo para soltar os grãos. Adicione as passas, o alho francês, os coentros, os amendoins e tempere com sal e pimenta. Misture as folhas de alface e rúcula.
Faça o molho numa tigela à parte, misturando o limão, a canela e o azeite. Quando servir envolva o molho no couscous.