Toda a comida tem uma história.
Este ceviche foi criado e testado para um livro intitulado Sabores de Canela.
Não sonhava publicar, nem procurei ajuda nesse sentido. O convite inesperado da editora chegou. O entusiasmo também, depois de desfeitas as reservas iniciais, sobretudo pela autonomia conquistada. Quem não gosta de criar à sua imagem, escutando críticas e sugestões de amigos?
Trabalhei três meses com prazer no projecto, superando as dificuldades locais de obter ingredientes frescos e de qualidade.
Mas há situações com as quais não pactuo. A falta de ética é uma delas.Então não aconteceu.
A parte positiva? Um período muito produtivo e criativo que me levou a um livro desconstruido em ficheiros digitais. E hoje me leva a partilhar um deles, que já é do agrado de amigos, convosco, leitores do Sabores de Canela.
Eis a história de um ceviche, inspirado no chef peruano Gaston Acurio e nas experiências gastronómicas chilenas da autora.
Para 12 verrines
600 g de espadarte fresco em cubos
1/2 cebola roxa em lamelas finas
240 g de milho cozido
360 g de abacate em pedaços pequenos
200 g de tomate chucha picado
Decoração
12 esferas de mamão
12 folhas de Coentros
Leche de tigre
2 dentes de alho
1/2 c de café de sal
pimenta moída
1/2 malagueta
folhas de coentros de uma haste
50 g de espadarte
4 cubos de gelo
sumo de 6 limas [limão Taiti]
Triture todos os ingredientes para o leche de tigre, misture o sumo lima e reserve no frio.
Corte o abacate e o tomate em peaços pequenos e a cebola em lamelas finas.
Distribua o leche de tigre pelos 12 recipientes.
Misture os ingredientes restantes numa tigela e distribua pelas verrines.
Decore cada porção com uma bola de mamão e uma folha de coentro.
Coloque os recipientes no frigorífico tapados com película aderente.
Na hora de servir coloque as verrines num tabuleiro com gelo picado, sobre a mesa.