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3.7.14

Junho em Portugal

Rua Augusta

Voltei a Portugal  ao fim de 2 anos. 
Fui conhecer o Vicente, o meu primeiro neto e fiquei um mês em Lisboa. Enquanto o via crescer, encontrei-me com família e amigos, conheci novos spots e visitei os habituais.
Encontrei a cidade com muitos turistas e em festa, fosse pelo Rock in Rio, pelo Santo António ou pela sua beleza.
Almocei e jantei muitas vezes com amigos e nem o piquenique habitual faltou :)
Comi o que mais sinto falta: peixe fresco, chocos, muito queijo fresco e curado, figos, framboesas, mirtilos e amoras, morangos e cerejas.
Da feira do livro onde me encontrei com amigas, trouxe mais recordações para juntar às antigas: conheci novas pessoas, a Patrícia Vilela e a Joana Roque
Passei duas noites no Porto revendo a família. No último dia surpreendi a Ameixinha em São Bento o que me valeu um apertado e longo abraço e acabei por conhecer a Naida e a Conceição sem combinações prévias. 
Uma velha amiga atraíu-me a Sintra. Já uma atracção diferente levou-me às Caldas da Rainha. Falhei os últimos dois anos a visita à loja da perdição, agora com outlet. Sem espaço nas malas, deixei com a Guigas metade dos pratos, mas as sardinhas essas vieram comigo ;)
Um mês cansativo mas divertido em que senti um turbilhão de emoções.
Foi difícil partir. Contrariei a vontade de ficar e acompanhar o crescimento do Vicente. Respirei fundo e segui em frente sem olhar para trás, com a motivação de voltar em Outubro.
A próxima publicação trará a receita que improvisei para o piquenique, hoje deixo as imagens do mês que me preencheu a alma. 
Chiado, Mercado da Ribeira, 24 de Julho e Praça de Camões

Baixa de Lisboa

Baixa e Edificio da Vida Portuguesa
Largo do Intendente e Mercado de Fusão- Martim Moniz


Mercado de Campo de Ourique
A vida Portuguesa-Intendente

Parque da Cidade e Porto 

Porto
São Bento
loja da fábrica RBP

9.9.12

Pausa

Estou em Portugal, não a banhos infelizmente. Vim só e com uma missão que se revelou impossível, obrigou-me a adiar o voo de regresso e a deixar-vos sem receitas. Mas nem tudo é mau e o destino juntou-me a uma amiga na viagem de volta a São Paulo. 
Em resposta ao desafio lançado e organizado pela Mané prometido desde Março, dei um workshop de fotografia de comida. Assinalo-o como uma experiência enriquecedora, pois além de conhecer outras bloggers  adorei dissipar duvidas e transmitir conhecimentos. 
Só agora a lista de afazeres vai ficando  com poucos itens, houve alturas que por cada um riscado, surgiam dois novos. Mas como a vida tem de ser doseada com dever e prazer, intercalei as tarefas aceitando a programação da querida Susana, convivendo com amigos e conhecendo lugares agradáveis como o Darwins, Rota das sedas e Feitoria. 
Não tenho cozinhado muito, quase todos os dias janto com o Tiago e a Rita. Tenho seguido a vida deste meu filho como posso, num jogo de futebol ou num treino de boxe e voltei com ele ao Skate Park onde passei tantas horas a fotografá-lo e ao irmão, fingindo nada temer, enquanto os deixava viver e crescer.
Mas esta estadia não seria a mesma sem a habitual festa na casa mágica da minha amiga Carlota, que tem o dom de nos fazer sentir como se da nossa se tratasse. Na verdade desta vez até me senti melhor em casa dela:) Foi um encontro inesquecível que terminou numa sintonia perfeita e inigualável ;)
Levei uma panna cotta perfumada com fava tonka, regada por coulis de amoras. Não registei mas farei de novo porque merece um lugar aqui.
E por falar em festas, quase de partida participei  numa bem divertida dos 50 anos da querida Manuela, onde comida, bebida e boa disposição foram uma constante e um bom pretexto para nos reunirmos de novo.
Até breve!

2.7.11

Tempos de mudança

Amanhecer, 25 de junho de 2011

Não foi de ânimo leve que decidi partir, abandonar a minha zona de conforto e segurança e deixar  uma parte de mim. Os últimos meses foram tempos de muitas mudanças, emoções, promessas e despedidas.
2011 ficará assinalado como o ano de todas as decisões: demito-me, deixo o meu filho Tiago, os sogros, cunhado(a)s, sobrinho(a)s e todos os meus amigo(a)s.

Para trás ficam a casa  e a rua com nome poético de canto proibido. Na cidade imaginada que ajudei a construir, onde sonhei e consegui viver um dia há 12 anos. A beleza, os recantos e a extensão dos jardins que me atraíram a este local e a magia do rio à porta, que me transmitiu  a serenidade após os dias de trabalho. 

Aqui neste bairro que adoro, os meus filhos cresceram felizes e em segurança em plena cidade. Um deles é agora o guardião deste lugar e conta com a ajuda da Docas e da Giga.

Enquanto sobrevoo o Atlântico rumo à cidade desconhecida que me vai acolher nos próximos anos, a esperança,  a curiosidade (de conhecer outros lugares, povos, culturas e sabores), a expectativa e alguma apreensão invadem-me como uma mistura de especiarias a dosear  em busca de equilíbrio....e volto a sonhar!


Caros leitores o Sabores de Canela vai mudar de país, de continente e até de hemisfério..... à mesa seremos três, contudo continuará escrito no cabeçalho da receita: ingredientes para 4.
Prometo publicar assim que for possível.

6.10.10

Pelos meandros do Caldeirão

A travessia da serra e alguns percursos pedestres abriram-nos o apetite. Em boa hora chegamos a Cachopo, aldeia típica situada na zona serrana de Tavira.
Dos dois cafés/restaurantes que descobrimos, optamos pelo Retiro do Caçador, dividido em café e  sala de refeições, sem ementa. 
Atendeu-nos a cozinheira, havia ainda um prato de javali estufado  e cozido de grão. Pedimos um de cada e regalámo-nos com comida caseira,  apurada e deliciosa, que nos reconfortou para seguirmos viagem.
Ainda em Cachopo visitamos a Igreja matriz de Santo Estêvão e a antiga fonte férrea medicinal, desactivada e transformada actualmente em parque de merendas.
De salientar um importante meio de divulgação do artesanato,dos ofícios e tradições da região - O Núcleo Museológico de Cachopo e o quiosque O Moinho da D.Otília, que tive o prazer de conhecer em Abril no projecto Paladares ao Sul.


Continuamos pela serra para nascente até  Cacela Velha, outrora um local estratégico de vigilância da costa. A Fortaleza  actualmente ocupada pelo posto da GNR, ergue-se sobre a ria Formosa  separada do mar por uma península. A paisagem aliada à preservação do estilo arquitectónico das casas, caiadas de branco imaculado e debruadas a azul, fazem a beleza desta aldeia  a que apetece voltar sempre.
Era dia de aniversário do Miguel, assim rumamos ao Infante Panorama na Praia Verde, a pensar no arroz de lingueirão, que mais uma vez não desiludiu.
Já noite cerrada passeamos pelo centro histórico de Castro Marim, resultado da recuperação do revelim de Santo Antonio, um pequeno forte militar a nascente da vila, onde se encontra a Igreja com o mesmo nome.

21.6.10

Viveiros Monterosa

Na sequência do projecto Paladares ao Sul e no último dia do evento organizado pela ASA, visitamos os Viveiros Monterosa em Moncarapacho.
Detlev Von Rosen  recebeu-nos  amigavelmente e revelou-nos alguns dos segredos desta  árvore milenar. 
No olival geometricamente perfeito, de 200.000m2 (embora não produza ainda em pleno ) as árvores distam entre si 5 metros no mesmo alinhamento e 7 entre alinhamentos diferentes, sendo o sistema de rega  gota-a-gota.
A cor da azeitona revela o seu estado de maturação e para produzir um litro de azeite, são necessárias em média 6 kg de azeitonas.
A altura da colheita é entre Outubro e Novembro nesta região.
Precisar o dia da colheita é mais um acto de percepção instintiva do que conhecimento científico, a cor da azeitona não é determinante, tendo a  certeza porém, que nunca deve ser colhida quando preta. Citando Detlev Von Rosen “temos de sentir ".
A alta qualidade deste azeite biológico, é conseguida através de uma  colheita  totalmente manual, os frutos caídos no chão não são aproveitados. O controle das larvas que atacam o fruto é feito durante a floração, pulverizando semanalmente o olival com uma cultura de bactérias que elimina as larvas. É crucial também, que no dia da colheita as azeitonas sejam processadas no lagar, não esperem pelo amanhecer.Todo o azeite produzido é extra virgem e pode ser comprado no local ou no site. As variedades produzidas são: CobrançosaPicualMaçanilha e Verdeal.
Já no lagar onde modernas máquinas coexistem com pedras de tempos romanos, fizemos uma prova de duas variedades de azeite, seguindo as  instruções do nosso anfitrião.
O sucesso deste produto de excelência, reconhecido internacionalmente deve-se a  Detlev Von Rosen, que com uma notória paixão pelo trabalho que desenvolve, transforma-o numa arte.
Pesquisou intensamente, viajando pela zona mediterrânea até à Grécia, leu inclusive a obra de um senador romano Marcus Cato (100 anos A.C) sobre o assunto.
E para  nosso regozijo, há 41 anos atrás escolheu Portugal para viver.

13.6.10

O Tempo

Se a vida me dá limões tempero a salada.
Se o Algarve me dá frio e chuva faço-me à estrada.

Foi tempo de...
reforçar elos revendo amigos
receber o seu carinho :)



reavivar memórias recentes e clarificar antigas.

descobrir novos refúgios.

visitar a loja da Pi !

observar pessoas...

perder a noção das horas, não cozinhar e comer peixe fresco como se não houvesse  próxima semana.


E quando voltar quero este Algarve do 1º dia!

17.5.10

A Cidade e as Serras

Ao amanhecer do dia 2 do  Paladares ao Sul, distribuídas por 2 jipes da  Riosul, exploramos os meandros da serra algarvia.
Dois guias, um holandês e um português conduziram-nos ao cume da montanha onde a paisagem me apanhou desprevenida, até esqueci a foto da praxe. Não esperava tamanha altitude e uma cadeia de montanhas tão extensa.
O leito  serpenteado do rio, as encostas verdes forradas por  tapetes de estevas floridas, com  um nível acima de copas da árvore dominante, o sobreiro, compõem a paisagem. 
Na descida o Eric deu-nos amêndoas e anotámos  como germinar num vaso e o António junto a um alambique explicou o processo de aguardente de medronho.
Numa homenagem aos nossos antepassados, cumprimos o ritual que marcava o início do dia de trabalho: de um trago matamos o bicho ali mesmo, enquanto o António narrava a vida árdua de taberneiro à época. Às 10h da manhã estaria provavelmente a dormir, depois de ter acompanhado todos clientes com um copinho  também. 
Após o mata bicho, descemos à bonita cidade de Tavira para o almoço.
Tavira foi uma das cidades mais importantes do nosso país, teve domínio árabe e um porto estratégico, donde partiu a nossa armada para a conquista do Norte de África. Caracterizada pela beleza arquitectónica, foi reconstruída após o terramoto de 1755.
Ao final da tarde passeamos pela Feira da Primavera, junto ao rio Gilão e em frente ao antigo mercado de Tavira. 
Praça onde se realiza a feira, sem expositores (foto captada em 2008).

Numa diversidade de aromas e cores, apreciámos os produtos artesanais alinhados nas bancas: compotas, chutneys, saquinhos aromáticos, medronho, licores de poejo, de alfarroba, chás naturais, especiarias, sementes, figos secos, amêndoas ,queijo de figo, dom rodrigos e bolinhos de maçapão, o famoso doce algarvio.

10.5.10

Paladares ao Sul (IV) literalmente


Já aqui foram referidos, o almoço e jantar do 1º dia por terras algarvias, a convite da ASA .
Tratando-se de cozinha moderna ou tradicional, nos restaurantes visitados os produtos regionais estiveram sempre em destaque.

O Restaurante  A Ver Tavira, foi o eleito para um almoço, após um safari na serra algarvia.
Situado perto do castelo, tem uma  vista magnifica sobre a cidade, onde se podem apreciar as características coberturas de 4 águas, de influência mourisca.
Entrada-Polvo de Santa Luzia com batata doce.
Prato-Peito de frango recheado com morcela, guarnecido de açorda de ameijoas e espinafres salteados.

Sobremesa-Coulant de alfarroba com molho de frutos silvestres e gelado de poejo.
Fica aqui registada a minha intenção de reproduzir esta sobremesa, quanto ao resto já  não arrisco....

Nesse mesmo dia o jantar teve lugar no Infante Panorama na Praia Verde, onde o simpático João Coelho nos recebeu calorosamente. 
Entradas-Salada de ovas, salada de atum e um polvo à guilho memorável.
Pratos-Arroz de lingueirão (mais um para guardar na memória) e Caldeirada aromatizada com poejo.
Sobremesa-Pijama: gelado com bolinhos de  sabores algarvios.
Depois de tão lauta refeição, ainda tivemos direito a uma bebida no Lollipop, mesmo ali ao lado. 
No ultimo dia que amanheceu solarengo, almoçamos na esplanada do restaurante Fonte da Pedra em São Brás de Alportel. 
Aguardavam-nos a vereadora Marlene Guerreiro e a Cláudia que nos fez companhia.
Camarões com um molho delicioso foi a nossa entrada.
Seguiram-se os pratos de peixe e carne:
Bacalhau assado e Tornedó com queijo de cabra, legumes e batatas gratinadas.
Foi já na viagem de regresso, que descodifiquei a combinação catastrófica de amena cavaqueira em esplanadas  e comboios para apanhar.
Não fosse a Margarida com pé de chumbo, a Ana a evitar o arranque do comboio  e a história repetia-se......

1.5.10

Paladares ao Sul III

Entre a Serra e o Barrocal, partimos à descoberta   das ervas aromáticas
A cor avermelhada do solo argiloso, os campos de flores exuberantes, os percursos de água e o verde das árvores e arbustos, tornam o local lindo nesta época do ano.

Como guia e professor tivemos o Coronel Rosa Pinto, que pacientemente aplacou a nossa curiosidade pelo tema.

O rosmaninho- É oriundo da região mediterrânea, as folhas e as flores secas são comestíveis. Tem propriedades sedativas e anti-sépticas.Extrai-se uma essência das flores para cosmética. 
Aroeira- O caule da planta masculina é utilizado para produzir óleo, resina e pasta dentífrica.Usa-se no tratamento da gota e reumático.De Setembro a Outubro apresenta frutos, bagas vermelhas.                    
Marioila-possui propriedades desengordurantes, era usada para lavar a louça.
Borragem-Com origem do sul da Europa, toda ela é comestível, as flores usadas em saladas.Estimula as glândulas supra renais e possui efeitos sedativos suaves.  
Seguimos até ao Pego do Inferno, onde nos aguardava a D. Otília para uma prova de chá (camomila, poejo e tomilho) e de bolinhos com sabores algarvios.
Otília Cardeira promove o artesanato e produtos alimentares da região, no quiosque O Moinho em Cachopo.
A foto de grupo da prova de chás  é da autoria da Pipoka.


A planta da última foto da composição (ao lado da cascata) é o Trovisco, muito tóxico, citando o Coronel  nem as cabras o comem.
O passeio e o ar da serra despertaram o apetite, assim  rumamos ao Restaurante O Costa no Sítio da Fabrica em  Cacela Velha. 
Uma boa refeição onde saliento as ostras ao natural e a vapor e as conquilhas. 

30.4.10

Paladares ao Sul II

O Hotel Vila Galé Albacora situado no Parque Natural da Ria Formosa, é um exemplo notável de recuperação de uma famosa aldeola de pescadores, o Arraial Ferreira Neto.
Integrada no próprio hotel, mantém viva a sua história, através do Museu do Atum.
O guia que nos acompanhou, Samuel transmitiu-nos um pouco dela:
O arraial foi concebido nos anos 40 com o objectivo de  albergar 150 famílias de pescadores a viverem de forma autónoma. Era constituído na época por uma parte industrial de transformação, conservação e oficinas e uma  zona social de habitações, escola e igreja.  Curiosamente uma habitação de outrora para várias famílias , corresponde actualmente a  um quarto.
No Museu existe a maquete  de uma Almadrava, o conjunto de armações extensas constituídas pela rabeira e as bicheiras, que conduziam os atuns para o Corpo, onde tinha lugar a captura. A palavra almadrava provem do árabe e significa o lugar da matança.
A pesca do atum é milenar  e foi a principal actividade do Algarve até à década de 70. Existem muitas variedades, sendo o rabil de carne rosada  o que se pescava nesta zona. 
O atum habita o Atlântico, mas migra para se reproduzir em direcção ao Mediterrâneo. Nesta viagem atinge o seu peso máximo que pode ultrapassar os 300 kg , é  chamado atum de direito. Quando regressa após a reprodução é  o atum de revés, mais magro. Atum, Atuarro, albacora, cacholeta, são outras classificações quanto ao peso, por ordem decrescente do mesmo.
O apogeu da pesca deu-se no século 18 com cerca de 41 000 unidades pescadas num único ano neste arraial. No inicio do século 20 havia 16 armações ao longo da costa algarvia.
Nos anos 60 a quantidade foi ultrapassado pelas ilhas e entrou em declínio.
As razões apontam para: alterações do ecossistema, danos causados por arrastões, a pesca intensiva de sardinha e cavala, que é a base alimentar do atum e a poluição do Guadiana ao transportar restos cobre da minas de São Domingos.
Hoje em dia existe apenas uma armação explorada por japoneses (com parceria Portuguesa) a Tunipex, que abastece o mercado nipónico, para o tão apreciado sashimi.
Após a aula de história, seguiu-se uma excelente refeição preparada pelo Chef João Santos, no restaurante Salinas (do hotel).Tivemos  a companhia do director do mesmo Bruno Martins e de 3 elementos da Confraria  de Gastrónomos  do Algarve, entre eles o Grão mestre José Manuel Alves.
A ementa:
Entrada-Polvo suado em chá de flor de laranjeira com crepes de estupeta de atum.
Prato- Duo de porco preto e barriga de atum com arroz de polvo
Sobremesa- Azevias de batata doce com gemada de café 
Vinhos-Lagoa e Quinta do Barranco Longo.
Abaixo os nossos simpáticos anfitriões,  quando se apoderaram das vestes dos Confrades.
Da esquerda para a direita: Ana Santos, Bruno Martins (director do Hotel) e Margarida.