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11.2.15

Praha

Castelo de Praga
Goulash, dumplings, trdelnik, muller wine, Pilsneer Urquell, são algumas das comidas e bebidas locais. Além dos croissants e strudels de massa delicada e muito chocolate quente.
Uma cidade bonita com bairros de edifícios bem preservados que escaparam quase incólumes a duas guerras, numa impressionante representação de estilos arquitectónicos: românico, gótico, renascentista, barroco, art noveau, cubismo e rondo-cubismo. O rio Vltava divide a cidade e dinamiza-a com as suas pontes, a mais famosa Charles atravessada diariamente por milhares de pessoas apreciando as suas esculturas, a vista e o comércio. 
Praga não é grande e os pontos de interesse ficam próximos, mas a sua oferta cultural múltipla justifica a estadia por mais dias. Quem opta por alojamento em Nove Mesto ou Stare Mesto consegue deslocar-se a pé até muitas atracções como a Ópera, a ponte Charles, a Old Town Square, o museu Judaico e a Wenceslas Square. Os transportes são eficientes e ficando perto de uma estação de metro rapidamente chegamos a bairros limítrofes. Alguns desses bairros não são atraentes, lembram a época comunista com os seus blocos de apartamentos cinzentos.
Epopeia Eslava de Alfons Mucha no Palácio Veletrzin



























Old Town Square e Narodni Trida























Wencelas Square/vaclavské námesti























Staré Mesto da Torre do Orloj





Malá Strana, Hradcany e Charles Bridge 






























Old tower, Charles Bridge/ Karluv most e Praça de Jan Palach



Mercados de Natal



Relógio Astronómico/Orloj e Stare Mestro



Wencelas Square e Trdelnik [pão doce assado]

Cemitério Judaico e Catedral



Basilica de S. Jorge
Numa primeira abordagem temos a sensação que muitas pessoas falam inglês no comércio, impressão desfeita quando fazemos um pedido mais específico. O povo de uma forma geral não é afável, mas a comida calórica conforta-nos do frio sobretudo as sopas. No ultimo dia do ano as pessoas circulam nas ruas com garrafas de absinto, o que a par da venda de fogos livre torna a passagem do ano literalmente explosiva. O lançamento oficial é só no dia seguinte as 18h.
Castelo de Praga e vitral da catedral de São Vito 
Edificio dançante, Opera e Masarykovo nabr
A melhor cerveja Pilsneer Urquell, Beef Goulash com dumplings e chocolate quente
Borscht e vinho quente com especiarias
Principais atracções por bairros:
Hradcany- Castelo de Praga, Catedral de São Vito, Basilica de São Jorge, Golden Lane, Palácio de Lobowic
Mála Strana-Ponte Charles, John Lennon Wall, Igreja de st Nicholas, Jardim Wallenstein, Franz Kafka museu
Stáre Mesto- Museu Judaico, Casa Municipal, Relogio astronómico, Museu de artes decorativas, Cemitério Judaico, Sinagoga Espanhola.
Nóve Mesto-Wenceslas Square, Edificio Dançante,Memorial dos heróis do terror de Heydrich, Mucha Museu, Palácio Lucerna.
Vinohrady e Vrsovice- Vista panoramica sobre a cidade e Igreja do sagrado coração de Jesus
Zizkov e Karlin-Monumento Nacional, Torre de TV
Holesovice- Palácio Veletrzni [galeria nacional], Jardins Letna
Vysehrad- Citadela

Passamos uma semana na cidade, tempo em que muitos viajantes visitam Praga, Budapeste e Viena. Para nós tempo para absorver a vida local, passear de barco, andar 10 kms por dia, além de visitar todos os pontos de interesse marcados. Um dos meus preferidos, o Veletrzni Palace que alberga a galeria nacional de arte e onde se passa um dia sem darmos por isso. Fica situado no bairro de Holesovice a norte onde não se encontram turistas.
E baseada nesta vivência discordo da analogia desta cidade a Paris. Paris não é apenas bonita, é grandiosa e charmosa.


24.8.14

Bolo de limão para uma despedida


A noite cai às 17.30h e o sol levanta-se 12 horas depois. Das poucas certezas que temos aqui. A época das chuvas traz falhas de energia, de água, telefone e internet. Em dias alternados e nem sempre simultâneas. Sem avisos de corte nem previsões de reparação.
Como um teste contínuo à nossa resiliência. Adaptamo-nos e nada disto nos aflige. E penso que por alguma razão cósmica o forno funciona a gás.

Na cozinha o que faltou em inovação sobrou em cumplicidade.Formei equipa com o André, ele pilotou escolhendo as receitas e eu deixei-me guiar pelos seus sabores.
Agora que regressou à cidade de onde nunca quis sair, ordeno os sentimentos e estruturo-me para a vida a dois interrompida há 28 anos.
E quando voltar à cozinha prometo manter as porções para quatro, promissoras de dias  de alegria que virão por aí.

Imagens do Solar do Unhão [MAM Museu de Arte Moderna e Solar Café] e Casa de Tereza
Passeamos pelos seus locais preferidos, onde o sol se põe no mar [aparentemente], a lembrar Portugal e preparamos as sobremesas que mais gosta. Mas foi com o bolo aromático e fofo da Tessa Kiros que dissemos “até já”.

Bolinhos de limão [ usei uma forma pequena de pão]
Falling Cloudberries [pag 261]
100 g de manteiga mole [usei 70 g]
100 g de açúcar [usei 70 g]
1 ovo grande separado[usei 2]
1 c. de chá de extracto de baunilha
100 g de farinha peneirada
2 c. chá de casca de limão ralada
1 c. de chá de fermento para bolos
60 ml de leite
Sumo de meio limão [siciliano]

Cobertura
1 1/2 c. de sopa de sumo de limão [siciliano]
50 g de açúcar de confeiteiro


Pré aqueça o forno a 180ºC.
Bata o açúcar com a manteiga e adicione as gemas, uma a uma sem parar de bater. Junte a baunilha e misture bem.
Adicione  a farinha peneirada e o fermento e a raspa de limão e incorpore na mistura, depois o leite e o sumo de limão mexendo sempre. Bata as claras em castelo e incorpore-as na massa. Coloque a massa nos ramequins ou na forma untada e asse por 30 minutos ou até dourar um pouco.
Arrefeça numa grade e desenforme com a ajuda de uma faca se necessário. Deixe arrefecer completamente.
Para a cobertura: bata o açúcar com o sumo até obter uma mistura macia e bastante espessa, ajustando com mais açúcar ou gotas de limão. Faça furos no topo do bolo com um garfo e espalhe a cobertura. Sirva com iogurte grego [opcional].
Little Lemon Cakes [recipe from Falling Cloudberries]

100g slightly softened butter
100g caster sugar
1 large egg separated
1 teaspoon vanilla extract
100g plain flour, sifted
2 teaspoons finely grated lemon rind
1 teaspoon baking powder
60ml milk
juice of half a lemon


Icing
1½ tablespoons lemon juice
50g icing sugar


Preheat the oven to 180° C/350° F/Gas 4. Butter and flour 4 ramekins [ or a loaf mould].
Cream the butter and sugar for a few minutes, then add the egg yolk and vanilla and whisk in well. Add the sifted flour, lemon rind and baking powder and fold in with a large metal spoon to incorporate it all. Pour in the milk and lemon juice and stir well. With clean beaters, whisk the egg white in a small bowl until it is very white and fluffy, then fold it into the cake mixture with a metal spoon.
Drop 2 heaped tablespoons of the mixture into each ramekin, ensuring that the base is covered and the mixture is even. Bake for about 30 minutes, until the cakes are deep golden and a bit crusty on the top, but still soft to touch and a skewer inserted comes out clean. Put the ramekins on a wire rack to cool completely. Remove the cakes by putting a knife down the side of each ramekin and lifting them out.
To make the icing, whisk the lemon juice and icing sugar together until smooth and fairly thick, adding a little more of either if it seems necessary. Put the cooled cakes on a flat plate, make a few holes with a skewer in the top of each one and dribble the icing over the top.
Serve these with Greek yogurt [optional].

3.7.14

Junho em Portugal

Rua Augusta

Voltei a Portugal  ao fim de 2 anos. 
Fui conhecer o Vicente, o meu primeiro neto e fiquei um mês em Lisboa. Enquanto o via crescer, encontrei-me com família e amigos, conheci novos spots e visitei os habituais.
Encontrei a cidade com muitos turistas e em festa, fosse pelo Rock in Rio, pelo Santo António ou pela sua beleza.
Almocei e jantei muitas vezes com amigos e nem o piquenique habitual faltou :)
Comi o que mais sinto falta: peixe fresco, chocos, muito queijo fresco e curado, figos, framboesas, mirtilos e amoras, morangos e cerejas.
Da feira do livro onde me encontrei com amigas, trouxe mais recordações para juntar às antigas: conheci novas pessoas, a Patrícia Vilela e a Joana Roque
Passei duas noites no Porto revendo a família. No último dia surpreendi a Ameixinha em São Bento o que me valeu um apertado e longo abraço e acabei por conhecer a Naida e a Conceição sem combinações prévias. 
Uma velha amiga atraíu-me a Sintra. Já uma atracção diferente levou-me às Caldas da Rainha. Falhei os últimos dois anos a visita à loja da perdição, agora com outlet. Sem espaço nas malas, deixei com a Guigas metade dos pratos, mas as sardinhas essas vieram comigo ;)
Um mês cansativo mas divertido em que senti um turbilhão de emoções.
Foi difícil partir. Contrariei a vontade de ficar e acompanhar o crescimento do Vicente. Respirei fundo e segui em frente sem olhar para trás, com a motivação de voltar em Outubro.
A próxima publicação trará a receita que improvisei para o piquenique, hoje deixo as imagens do mês que me preencheu a alma. 
Chiado, Mercado da Ribeira, 24 de Julho e Praça de Camões

Baixa de Lisboa

Baixa e Edificio da Vida Portuguesa
Largo do Intendente e Mercado de Fusão- Martim Moniz


Mercado de Campo de Ourique
A vida Portuguesa-Intendente

Parque da Cidade e Porto 

Porto
São Bento
loja da fábrica RBP

17.1.14

Actualização de coordenadas

Será isto o que sempre quis? Ancorada pela condição de mãe, a inquietação de viver no mesmo local sabendo de um mundo imenso despontado em criança, nunca me abandonou. Cruzei-me com uma alma em sintonia e jovens pensamos na Austrália, uns anos depois África e muito mais tarde ilhas que íamos conhecendo, idealizando um negócio local. As férias mantiveram o sonho que nos afastou do conformismo e a oportunidade surgiu há um par de anos vividos noutra realidade e cultura. Trouxe-nos humanidade, usufruindo de tudo ao nosso alcance e valorizando o que nos falta e já tinhamos como garantido, numa adaptação constante do ser humano. 

Não pendurei a última cortina, volto a partir levando no coração os amigos de Sampa e assola-me a angústia de não haver um lugar marcado para o encontro. Voltarei a vê-los?Quero acreditar nas palavras da Adriana "agora teremos mais lugares para nos encontrarmos". Acrescento  um capítulo à vida, um lugar e pessoas.

Vou ao encontro do mar que tanta falta me fez. As ondas embalarão o meu sono e substituirão o despertar do último ano ao som das maritacas. A paisagem de coqueiros, areal e oceano, o da terra vermelha, montanhas e mata atlântica.
O Miguel está feliz com mais um desafio dos grandes, o André por ter o mar à porta e eu sem contactos mas acreditando que é sempre possível recomeçar o trabalho de fotógrafa, estarei duas horas mais perto do Tiago e outras coisas boas surgirão reveladas pela vivência.

Publico este texto na nova casa vazia, aqui na cidade dos Capitães da Areia.

Salvador da Bahia, 17 de Janeiro de 2014







8.1.14

Ceviche de atum

Após 2 [longos] anos sem conseguirmos reunir a família, as 2 últimas semanas foram vividas plenamente.
O Tiago e a Rita chegaram e fizemos um tour pela cidade seguido de uma pequena pausa natalícia em casa. Cozinhei com contenção, pela viagem que se avizinhava e pelos 30ºC que se faziam sentir. Mas não faltou o bacalhau assado com batata a murro e legumes na noite de Natal e um churrasco de picanha, serenado a banhos de piscina no dia 25. Na mesa o arroz doce, o crema catalana, as rabanadas com calda e a torta de Azeitão também marcaram presença.
Partimos para Paraty, Angra dos Reis e Rio de Janeiro, onde no dia 30 festejamos o meu aniversário no Marius degustare , que foi eleito o melhor jantar do ano ;)
Celebramos a virada na praia de Copacabana como no ano anterior, assistindo ao último por do sol no Arpoador e ao fogo de artíficio e cumprindo o ritual de Iemanjá com as flores, a roupa branca e o mergulho no mar.
Tempos felizes e descontraídos que todos merecemos e nos encheram a alma para começar melhor 2014.

E como é habitual de forma saudável, desta vez com o ceviche bem fresco do livro da Patrícia e do Luís, o Erva uma vez. Já conhecem? O Tiago trouxe-o na mala e foi uma deliciosa descoberta, além das receitas agrupadas por ervas aromáticas, ainda traz ensinamentos sobre o cultivo, a manutenção, a colheita e a secagem. O tema, os ingredientes, o aspecto gráfico, a organização do livro e a praticidade das receitas, cativaram-me logo e sei que vou usá-lo bastante.

Ingredientes para 1
200 g de atum cortado às tiras
1 c. de sopa de coentros picados
1 malagueta/pimenta picada
sumo e raspa de uma lima/limão Tahiti
100 g de tomate cortado em cubos pequenos
flor de sal e pimenta preta moída

Preparação
Misturar todos os ingredientes e servir de imediato. Que rápido!
Plano B: Experimente acrescentar fruta como morangos ou ananás dos Açores.
nota- juntei rodelas finas de cebola roxa
Natal 2013



Catedral da Sé, Hotel Unique e loja em Embu das Artes









Paraty





Ilha em Paraty e Angra dos Reis

O último por do sol, confeitaria Colombo e Marius degustare
Miradouro de D. Marta [foto do André] e Praínha

Desejo-vos um ano com tudo a que têm direito, saúde, amor, amigos e dinheiro, que não resolvendo todos os problemas, nos ajuda a viver muito melhor :)

10.10.13

Salvador da Bahia

Moqueca, vatapá, acarajé, bóbó de camarão, farofa amarela com molho picante, cuzcuz de tapioca, pudim  de tapioca e quindins, foram alguns dos pratos que provei nos 4 dias que passei na cidade. Rendi-me à gastronomia mal detectei ingredientes familiares, coloridos e marcantes como coentros, pimento/pimentão e malaguetas/pimentas, em São Paulo tão pouco apreciados precisamente pelo sabor intenso. Foi óptimo encontrar camarão bem fresco e opções ao peixe frito. A culinária baiana ganhou mais uma fã ansiosa por explorá-la.
Largo do ensaio do bloco de carnaval Olodum, um dos restaurantes da Dadá, a casa de Olodum e interior da Chocolates Marrom Marfim

Salvador que por alguma razão rima com cor, é a terceira cidade brasileira. Praias, telas coloridas, artesanato, capoeira, carnaval, música e baianas são outros encantos desta cidade, para além da gastronomia. Subjacente a todas as formas de arte, o sincretismo religioso revela-se sob a forma do Candomblé [ misto de catolicismo e crenças africanas].
A cidade como outras brasileiras cresceu sem planeamento, favelas coexistem com prédios de arquitectura moderna e grandes e arejados shoppings. Uma linha de metro com um troço de 6 km construídos e já com carruagens mas parada há 12 anos, sobrecarrega o tráfego da cidade e aumenta a poluição, além de piorar a qualidade de vida dos habitantes. E rios com esgotos que em vez de serem recuperados, são simplesmente tapados, constituem factos que só interesses políticos e corrupção podem explicar.       
Igreja de são Francisco, Pelourinho, exibição de capoeira e Pelourinho com a famosa igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos
Por outro lado, o Centro histórico é muito bonito e cuidado assim como a orla marítima que o acompanha até à Baía de todos os Santos. Aqui a cidade divide-se em parte alta e baixa que o elevador Lacerda ajuda a transpor. Na parte baixa vale a pena a visita ao Mercado Modelo, o maior de artesanato do Brasil. Na zona alta as casas do Pelourinho com traça a denunciar a presença portuguesa, são coloridas e contrastam com as guarnições brancas. Existem muitas igrejas na região como a de São Francisco ricamente ornada a ouro e a do Rosário dos Pretos, construída por escravos e também lojas de artesanato que fazem as delícias dos turistas. Ainda nesta zona escutámos o som impressionante dos batuques do famoso grupo de percussão Olodum, ensaiando para o Carnaval [fazem digressões mundiais e tocaram com músicos como Paul Simon e Michael Jackson].
Os Baianos são sorridentes e simpáticos, gostam de música e entendem perfeitamente o português de Portugal. Tratam-nos com entoação melodiosa por "minha ráiiinha" e "meu reiii" e iniciam as frases por "Veja bem", em vez do "Então"paulista.
Baía de todos os Santos, Palácio Rio Branco, Avenida Oceânica e Alameda de Bambus a caminho do Aeroporto
No café da manhã do hotel tivemos a vista diária dos amigos saguis de tufo branco que vivem na praia e se deixam fotografar em troca de comida. No segundo dia como não apareciam, saímos da sala com pedaços de mamão e emitimos o som para atrair cachorros. Os arbustos mexeram, surgiram primeiro as cabeças espreitando e logo vieram ao nosso encontro! Têm o pelo macio como o dos gatos e são os menores que já vi desta espécie que povoa a mata atlântica.
Para norte de Salvador e junto ao litoral seguindo pela Estrada do Côco, a paisagem caracteriza-se por extensos areais com muitos coqueiros à beira mar, praias paradísiacas, algumas desertas e estâncias turisticas, as mais conhecidas Praia do Forte e Costa do Sauípe, uma região a explorar com tempo.
 Praia do Forte e Baiana local